quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Aquele que não é meu




Na sombra de uma árvore, em uma montanha onde se é possível tocar as nuvens, em uma dimensão desconhecida e amável é aonde eu me encontro. No momento em que sinto o vento frio secar a minha face é quando a paisagem se borra diante de meus olhos que percebo que não sou a unica ali, vejo um rosto não tão belo, mas que é perfeito para mim, por alguns segundos eu me sinto triste e sufocada por não conseguir me aproximar e tocar, apenas tocar aquele rosto , assim eu mergulhei no lago negro daqueles olhos. Eu parecia esta morrendo, eu não sentia meu coração batendo em meu peito , ele estava na minha garganta, batendo lentamente. Foi então que acordei e desejei voltar a dormir, voltar a sonhar, infelizmente o real não tão intenso, igual aos meus sonhos, mas sei que aquele que não é meu, um dia não será mais o meu maior desejo, mas eu serei o dele.

Um comentário:

  1. A tristeza paira discretamente sobre as montanhas descritas por você nesse texto delica e gentil. Há também uma revolta sutil sua para explicar, de uma forma mais romântica, é claro, que "o mundo gira e nem sempre estaremos por cima." Atraente e bastante carinho, seu texto possui Vida. Parabéns.

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